O que dirias que impede cada um de nós de vivermos em estado de abundância e amor?
Não, não é o medo, o outro que supostamente nos complica a vida, o mundo, o terrorismo ou a injustiça social. Também não é o Karma ou sequer a crise com a sua generalizada falta de dinheiro em todos os bolsos.

– Somos nós próprios!

Ninguém gosta de ouvir isto! É tão mais fácil sentarmo-nos no sofá e projectar os nossos demónios internos nas notícias, nos outros, no mundo…
A abundância, a magia e o amor estão à nossa volta, disponíveis o tempo todo, mas apenas visíveis para quem já linhou as suas lentes internas para as conseguir ver e o seu coração para as poder sentir.
Tal como a diferença entre a visão de um deprimido e de uma pessoa feliz que é radicalmente oposta perante o mesmo cenário externo. Com mais ou menos dificuldade, nós escolhemos como queremos ver o mundo.
Nós somos responsáveis então por esse estado interno de ser.
Nos somos responsáveis por conseguir limpar as nossas lentes.
A questão não está então fora no mundo, mas sim dentro de nós próprios.
E esta “pequena, mas gigante” mudança de percepção muda tudo. É nesta mudança de visão, é no momento que finalmente percebemos que co-criámos TUDO na nossa vida, que nasce a humildade e o principio da nossa caminhada de volta a Casa.
Enquanto não ser der este clique, andamos a gastar energia a alimentar um qualquer capricho do ego e a projectar os nossos dramas nos outros.

É verdade, ninguém nos ensinou a ver o mundo dessa maneira. Ninguém nos disse que somos responsáveis pelo estado da nossa energia e que somos livres de fazer o que for preciso para a manter protegida, elevada e positiva. Ninguém nos disse que das nossas más e cobardes escolhas iríamos ter de lidar com as devidas consequências.
Mas se já estás a ler estas palavras é porque hoje já o sabes e logo, mais do nunca, és responsável pelo estado dela. Não pelo que co-criaste antes mesmo que inconscientemente mas muito mais pelo que estás a co-criar agora.
Depois de seculos a viver com o nosso foco fora, vamos cair muitas vezes no velho padrão de fugir do interior para culpar o exterior. Cabe-nos a nós a disciplina e o estado de consciência de corrigirmos essa velha tendência.

A força do impacto social e religioso dos últimos séculos desconectou-nos da nossa voz interior que é infelizmente ignorada pela maior parte de nós. Re-li-ga-re com a fonte de amor, que é afinal o grande objectivo da re-li-gi-ão, é hoje uma responsabilidade pessoal.
É com o nosso livre arbítrio que iremos escolher como, onde, com quem, de que maneira iremos conseguir manter a nossa energia elevada e amorosa sem cair na trama de culpar o outro caso seja difícil.
Há então um imenso trabalho de retorno ao nosso interior que nos obriga a identificar onde ainda estamos a desperdiçar energia valiosa como por exemplo;

– Permitindo que a opinião dos outros fale mais alto do que a nossa.

– Quando somos incapazes de por limites aos outros e fazer bom uso da palavra “Não”.

– Quando ainda somos prisioneiros do perfeccionismo a tentar atingir níveis de conduta inatingíveis.

– Quando ainda nos permitimos cair na desordenada ajuda ao próximo como fuga ao nosso trabalho interno.

– Sempre que o TER se sobreponha ao SER ou o CONQUISTAR se sobreponha ao SENTIR.

– Onde ainda haja apego, materialismo, resistência, indiferença, violência e arrogância, há ainda uma dança externa.

– Deixarmos estar em relacionamentos tóxicos, ambientes densos, rotinas desgastantes e não nos permitirmos mudar por medo, imagem social, falta de fé, dependência, hábito, apego e outros ganchos.

A cada um destes testes, o nosso trabalho é apenas o de rejeitar suavemente o que nos distrai de nós próprios. Não podemos perder olho do nosso farol que sempre nos lembra a fazer escolhas de qualidade de maneira a manter a nossa energia protegida e elevada.
Seguindo o principio de que “semelhante atrai semelhante”, manter a nossa energia elevada e amorosa é afinal o que irá fazer atrair o tão ansiado estado de amor e abundância.

Bem hajas!
Vera Luz