Pessoas leves.
01/08/2015 20:11
Eu prefiro pessoas leves. Gosto dessa sensação sublime de dançar de pés descalços no escuro quando a vida lá fora parece ter desaprendido o passo.
Gente leve não tem medo do rótulo. Não tá nem aí para o que não interessa ,é intensa. Com essa gente não tem frescura, não tem não-me-toques. Te tocam fundo, lá na alma, e te fazem acreditar que o impossível nem sempre é tão impossível assim.
Mudam de ideia. De gosto. De direção. Eles voltam quando acham que têm que voltar. Eles seguem quando acham que o melhor é seguir. E também param de vez em quando, porque às vezes é preciso parar.
Tem uma capacidade incrível de acreditar nas pessoas e em si mesmo. Com eles não tem meio-termo nem mais ou menos. E quando gostam, é de uma maneira tão profundamente verdadeira que não tem como a gente não gostar.
Nos tiram do eixo, da zona de conforto, daquele lugar seguro que quase nunca nos deixa chegar a lugar algum. Não tem medo de ter medo.
E eles sentem medo, claro, quem não sente, mas o medo é um medo que nunca paralisa, não deixa de ir quando a vida grita “vai”. Eles sempre vão. E, quando aparece o medo, eles vão com medo mesmo.
Eu prefiro os leves que dispensam as expectativas. Se der, deu. Pronto. Não tem problema. A gente tenta de novo, faz de outro jeito, segue outro caminho, volta atrás e faz o que tiver que fazer. Porque a vida pede coragem.
Eu gosto do jeito suave e do espírito jovem que eles sempre fazem questão de conservar. Gente livre não liga para idade. Vive e pronto. Não importa nem um pouco de onde você veio ou quanto tem no bolso. Gosta é do lado de dentro das pessoas e jamais se venderia por dinheiro nenhum neste mundo. Não tá nem aí para o que pode ser comprado.
Sobe no palco e dá show. Manda um dane-se do tamanho do universo para tudo o que faz mal. Escuta o coração. Deixa pulsar e ser.
Não cabe em definições ou frases prontas. Tem um brilho nos olhos diferente de tudo o que a gente já viu brilhar por aí.
É artista,da vida. De si mesmo. E sabe disso. Porque a liberdade também é uma forma de sabedoria. Às vezes triste, às vezes divina. Mas sempre sábia. Sempre.