Você conhece os hormonios da felicidade?

25/06/2023 20:23

 

A serotonina (5-HT) é um neurotransmissor, isto é, uma substância química que faz a comunicação dos neurônios (células nervosas), conduzindo a transmissão e passando as informações entre eles.

Imagine que o cérebro humano é um circuito elétrico, e que nesse circuito existem vários fios conectados. Cada circuito é responsável por uma função, como o circuito da dor e o circuito do prazer. No caso da serotonina especificamente, estão relacionados os sentimentos de satisfação, de vivacidade e disposição perante a vida, e de bem-estar.

A diferença entre os fios elétricos e nosso cérebro é que, em nosso cérebro, existem espaços entre um fio e outro, esse espaço é denominado sinapse, e é nela que os neurotransmissores atuam. A serotonina quase sempre é compreendida erroneamente como um hormônio, pois é um neurotransmissor, e serve para que a informação seja passada de um neurônio para o outro de maneira rápida.

Representação gráfica de um neurônio, a célula na qual a serotonina atua.
Representação gráfica de um neurônio, a célula na qual a serotonina atua.

Quando ocorre a baixa produção ou baixa liberação da serotonina, alguns centros importantes passam a não funcionar tão bem, e nesse caso provavelmente nos sentiremos mais angustiados, ansiosos ou paralisados. Isso significa que, para tolerarmos a dor e o estresse, precisamos ter uma boa quantidade de serotonina para que os neurônios sejam estimulados.

Entretanto, para que esse estímulo ocorra e desfrutemos desses benefícios, é necessária a ligação da serotonina com seus receptores. Existem diversos receptores, porém os mais importantes são o 5HT1-A, responsável pela tolerância física e psíquica, e o 5HT2-A, responsável pela adaptação, resolução e ação frente a situações de estresse.

Essa substância química está presente em abundância em algumas partes do nosso corpo, como no sistema nervoso central, nos neurônios serotoninérgicos dos núcleos da rafe, nas plaquetas e, em sua grande maioria (aproximadamente 95%), no trato gastrointestinal; é liberada na corrente sanguínea e produzida especificamente pelas células enterocromafins.

Síntese da serotonina

Em termos bioquímicos, a serotonina é produzida por uma série de reações químicas. O aminoácido triptofano é convertido em 5-hidroxi-triptofano por meio da enzima triptofano hidroxilase, sendo o produto final a 5-HT. Após a síntese da serotonina, ela fica armazenada em vesículas pré-sinápticas, que, pelo mecanismo de exocitose, são liberadas nas fendas sinápticas. Após sua liberação, a serotonina se liga a seus receptores, gerando uma ação.

Quando a serotonina é liberada por um neurônio, ela atua, como os demais neurotransmissores, pela ligação com receptores específicos, chamados serotoninérgicos. Atualmente existem diversos tipos de receptores da serotonina que estão presentes em partes diferentes do cérebro e são responsáveis por regular diferentes funções dela. Por exemplo, no sistema nervoso central, a 5-HT pode ser encontrada no mesencéfalo, ponte e bulbo, estando relacionada com o controle do apetite, o sono, alucinações, a percepção da dor, entre outros.

Função da serotonina

A serotonina é uma substância que possui muitas funções. A maior parte dela é produzida no intestino e lançada na corrente sanguínea. Ela tem participação no tônus e no aumento da permeabilidade vascular, e exerce função plaquetária.

Além das funções sobre o intestino, a serotonina presente no cérebro é essencial para a regulação de diversos comportamentos e do nosso humor. Atua, ainda, em relação à liberação de hormônios, à regulação do sono, ao controle de impulsos, à libido, à temperatura corporal, à alimentação, à atividade motora, às funções cognitivas etc.

A serotonina promove a sensação de bem-estar, porém, no ambiente escuro, a glândula pineal utiliza a serotonina para sintetizar a melatonina, o hormônio do sono profundo. Por esse motivo, as pessoas ansiosas se queixam de sono ruim, pois não têm serotonina suficiente para sintetizar a melatonina.

 

Baixos níveis de serotonina

Os baixos níveis de serotonina contribuem para o aumento da depressão e da ansiedade, ocasionando o aumento de sensações ruins, tristeza, desejo de se isolar, choro fácil, desinteresse etc.

Além disso, níveis baixos de serotonina têm sido relacionados com o aumento da vontade de ingestão de doces e carboidratos, tendo em vista que, em níveis normais, a sensação de saciedade é atingida facilmente.

Desse modo, alguns dos sintomas fisiopatológicos relacionados a níveis deficitários de serotonina são:

  • alterações de humor;
  • ansiedade;
  • agressividade;
  • enxaqueca;
  • vômitos;
  • avidez por doce;
  • sono;
  • fadiga;
  • síndrome do intestino irritável;
  • hipertensão sistêmica e pulmonar.

Como aumentar a serotonina?

Pessoas praticando exercícios sob a luz do sol em um ambiente que estimula a serotonina.
Pessoas praticando exercícios sob a luz do sol em um ambiente que estimula a serotonina.

Para aumentar os níveis de serotonina, é preciso ter uma nutrição rica em triptofano e nutrientes, praticar exercícios físicos, e fazer uma boa ingesta hídrica para o equilíbrio da flora intestinal. Atividade sexual, tomar sol e receber afeto também estimulam a produção de serotonina. Em casos específicos e para pacientes com que realizam acompanhamento médico, alguns medicamentos podem ser considerados como opção terapêutica, já que têm ação inibidora na recaptação da serotonina, agindo por mais tempo nas sinapses neurais.

Relação entre alimentação e obtenção de serotonina

Alimentos ricos em triptofano, que será convertido em serotonina.
Alimentos ricos em triptofano, que será convertido em serotonina.

Os níveis adequados de serotonina no cérebro dependem da quantidade que ingerimos, via alimentação, de triptofano e carboidratos. O ser humano não produz o triptofano, portanto, ele deve ser adquirido por meio da dieta. A produção da serotonina não ocorre de forma isolada, é necessário a associação de outros cofatores, como a vitamina B3 e o magnésio. A associação de cofatores auxilia na conversão do triptofano em serotonina. É importante ressaltar que os alimentos não substituem as medicações serotoninérgicas e sim ajudam a não faltar serotonina.

A seguir, alguns alimentos ricos em triptofano:

  • banana;
  • semente de abóbora;
  • soja;
  • grão-de-bico;
  • tâmara seca;
  • amendoim;
  • leite;
  • carne;
  • peixe;
  • peru;
  • chocolate.
Molécula química da serotonina, da dopamina e da endorfina.
Molécula química da serotonina, da dopamina e da endorfina.

A dopamina está diretamente ligada ao sistema de recompensa do nosso cérebro. Ouvir uma música que você gosta, trabalhos manuais ou até mesmo o cheiro de um bolo que você ama assando no forno podem desencadear a liberação dessa importante substância, que possui inúmeras funções no nosso organismo, como aumentar a motivação, o foco e a concentração, entre outras.   

Mas o que é dopamina? Para que ela serve? Continue a leitura e saiba, inclusive, como aumentar seus níveis, por meio de alimentos e formulações manipuladas.

 

O que é dopamina?

A dopamina é um neurotransmissor responsável por levar informações do cérebro para as várias partes do corpo. A substância é conhecida como um dos hormônios da felicidade e quando liberada provoca a sensação de prazer, satisfação e aumenta a motivação.

Além disso, a dopamina atua nos processos cognitivos, aumentando os níveis de memória e atenção, auxiliando no controle dos movimentos, promovendo a saúde do intestino e contribuindo para o aumento da massa muscular.

Por isso, a substância é utilizada em tratamentos de distúrbios neurológicos e psiquiátricos, como doença de Parkinson, esquizofrenia ou TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), por exemplo.

 

Dopamina, para que serve?

 

Aumenta a motivação

A dopamina também é conhecida como “molécula da motivação”.

Pessoas com baixas concentrações de dopamina geralmente têm pouco entusiasmo pela vida e podem precisar de substâncias como cafeína, açúcar e outros estimulantes para dar conta das atividades do dia a dia.

Por isso, a deficiência de dopamina é um dos fatores neuroquímicos que pode estar ligado à depressão.

 

Recompensa e prazer

A dopamina pode proporcionar uma intensa sensação de prazer, recompensa e satisfação.

Do ponto de vista evolutivo, nosso cérebro é projetado para recompensá-lo quando você está cumprindo com necessidades básicas de sobrevivência, como comer, beber e se reproduzir. Por isso, a dopamina também está ligada à libido e ao desejo sexual. 

Mas por outro lado, nossos cérebros são programados para buscar comportamentos que liberam dopamina em nosso sistema de recompensa a todo custo. Por isso, junk foods, como lanches gordurosos, refrigerantes, frituras e açúcar, são tão viciantes, pois desencadeiam em muitas pessoas a liberação de uma grande quantidade de dopamina, o que dá uma sensação de intensa satisfação e lhe faz repetir essa experiência.

 

Memória, foco e atenção

A dopamina também atua nos processos cognitivos, contribuindo para melhorar a memória e aumentar o foco e a concentração. Nesse sentido, é comum que os tratamentos ​para pessoas com TDAH busquem aumentar os níveis de dopamina.

 

Auxilia no controle dos movimentos 

Outra função da dopamina é ajudar no controle da coordenação e dos movimentos corporais. Ela também está associada à Doença de Parkinson, uma vez que pessoas com baixos níveis da substância têm maior dificuldade para controlar e coordenar os movimentos. 

Por isso, o tratamento para pessoas que sofrem dessa enfermidade pode incluir medicamentos para elevar a concentração de dopamina e melhorar o controle dos movimentos.

 

Promove a saúde do intestino

O neurotransmissor também está relacionado à saúde intestinal. Existem algumas espécies de bactérias que vivem no intestino que estão ligadas à produção desse neurotransmissor, que auxilia nos movimentos peristálticos intestinais.

 

Aumento da massa muscular

A prática de atividades físicas também aumenta a quantidade de receptores de dopamina no cérebro e estimula a produção da substância. Além disso, o neurotransmissor ajuda a dar motivação para os treinos, reduz a fadiga e o cansaço.
Por isso, níveis adequados de dopamina favorecem a hipertrofia muscular.

 

Qual a diferença entre dopamina e serotonina

Assim como a dopamina, a serotonina é conhecida como um dos neurotransmissores chamados de hormônio da felicidade.

As duas substâncias contribuem para várias funções do nosso organismo. Por isso, muitas vezes, as pessoas confundem ambas. 

Mas uma das principais diferenças entre a dopamina e a serotonina é a forma como elas são produzidas. A dopamina é produzida a partir da tirosina, aminoácido não essencial que é produzido naturalmente pelo organismo, mas que também pode ser ingerido através de alimentos e suplementos.

Já a serotonina é sintetizada a partir do aminoácido essencial triptofano.

Além disso, a quantidade de uma interfere diretamente nos níveis da outra. Quando há uma alta liberação de serotonina, a quantidade de dopamina pode diminuir, causando falta de motivação, por exemplo.

Já quando os níveis de serotonina estão baixos, a dopamina aumenta, proporcionando maior libido, vontade de comer e busca por outras atividades prazerosas.

 

Onde a dopamina é produzida?

A dopamina é produzida de forma endógena pelo nosso organismo, através de neurônios na região da base do cérebro, em um processo de duas etapas. 

Em um primeiro momento, a tirosina (aminoácido não essencial precursor responsável pela produção da dopamina) é convertida em outro aminoácido, chamado L-dopa. Então, a L-dopa sofre outra mudança e é transformada em dopamina pelas enzimas do nosso corpo.

Por isso, alimentos ricos em tirosina são recomendados para quem precisa aumentar os níveis de dopamina.

 

O que acontece quando a dopamina está baixa?

Pessoas com baixos níveis de dopamina apresentam sintomas, como:

  • Falta de motivação e prazer;
  • Perda da libido;
  • Cansaço e fadiga excessiva;
  • Alteração dos movimentos;
  • Problema de concentração;
  • Perda de memória;
  • Insônia;
  • Mudança de humor.
 

Como estimular os níveis de dopamina? 

Agora que você já sabe o que é dopamina e suas principais funções, deve estar se perguntando como fazer para aumentar sua concentração no nosso organismo.

Existem muitas formas de aumentar os níveis de dopamina naturalmente, seja através de alimentos e suplementos específicos ou de atividades cotidianas, que podem ser colocadas em prática no seu dia a dia.

 

Faça exercícios físicos

A prática de atividades físicas é excelente para a saúde cerebral. Além de melhorar o fluxo de nutrientes para o cérebro e retardar o envelhecimento das células cerebrais, o exercício também promove a liberação de outros neurotransmissores do bem-estar, além da dopamina, como a serotonina e a noradrenalina.

 

Pratique meditação

Além da prática de exercícios físicos, atividades como meditação, yoga e tai chi também trazem muitos benefícios para a mente e o corpo, aumentando os níveis de dopamina e melhorando o foco e a concentração.

 

Dedique-se a passatempos manuais

Tricô, artesanato, reparos domésticos e outros passatempos manuais exigem concentração e atuam no cérebro de forma semelhante à meditação. Essas atividades também aumentam a dopamina e são recomendadas para apoiar no tratamento de outras condições, como depressão e ansiedade.

 

Ouça música

Atividades prazerosas, como ouvir música, por exemplo, também provocam a liberação de dopamina. Uma pesquisa de cientistas franceses descobriu que, quando ouvimos nossa música favorita, as áreas do cérebro que lidam com emoção, movimento e processamento de música e som trabalham juntas para criar um aumento nos níveis do neurotransmissor.
Além disso, estudos indicam que o efeito relaxante induzido pela música clássica também libera a dopamina e é responsável pela sensação de prazer.

 

Escolha alimentos ricos em tirosina 

Apesar da dopamina ser produzida naturalmente pelo nosso corpo, alimentos ricos em tirosina podem aumentar os níveis do neurotransmissor no nosso organismo.

Confira 10 alimentos para aumentar a dopamina: 

  • Ovos;
  • Peixes;
  • Carnes;
  • Feijão;
  • Soja;
  • Sementes de abóbora;
  • Gergelim; 
  • Laticínios, como leite, queijo e iogurte;
  • Abacates;
  • Bananas.
 

Opte por manipulados e suplementos de tirosina

Você também pode elevar a concentração de dopamina no organismo através de fórmulas manipuladas que contenham substâncias precursoras do neurotransmissor, como a tirosina. Para ter mais informações sobre ativos e manipulações, consulte seu médico, e, se precisar, entre em contato conosco.

Por fim, fique atento ao seu corpo, suas sensações e cultive hábitos saudáveis para ter motivação e bem-estar no seu dia a dia.

O que é ocitocina

A ocitocina é um hormônio que serve para regular o funcionamento de diversos processos no organismo. Ela é produzida pelo hipotálamo – uma área do cérebro – e armazenada na glândula pituitária, um órgão do tamanho de uma ervilha, localizado na base do crânio. Quando liberada, ela atua como um neurotransmissor, ou seja, permite a ligação entre neurônios, ativando ou desativando processos do sistema nervoso. 

A ocitocina forma, junto com a serotonina, a dopamina, a noradrenalina e a endorfina, um grupo conhecido como “hormônios da felicidade”, por sua capacidade de regular as sensações humanas. 

Efeitos da ocitocina no organismo

Entre os “hormônios da felicidade”, a ocitocina é conhecida como o “hormônio do amor”. 

Ocitocina é o “hormônio do amor”?

A ocitocina é nomeada como o “hormônio do amor” devido ao seu papel nos comportamentos afetivos humanos. Ela aumenta a confiança interpessoal e regula alguns aspectos da cognição, como o olhar “olhos nos olhos” e o amor entre pares. Promove ainda a sensação de segurança, uma vez que os efeitos dela modelam a capacidade de uma pessoa perceber emocionalmente a proximidade de outra pessoa, sendo esse um efeito característico das relações amorosas. 

A ocitocina também tem influência nas relações sexuais. Vários estudos evidenciaram que ela é crucial para o prazer subjetivo durante as relações, tanto para homens quanto para mulheres. Seus receptores estão presentes em vários órgãos, particularmente nos órgãos genitais masculino e feminino. Isso indica que a ocitocina facilita a atividade sexual, principalmente a ejaculação e o orgasmo, induzindo as contrações musculares necessárias para facilitar o transporte de espermatozoides e o efeito da lubrificação. 

A estimulação mamária é uma das formas de promover a liberação da ocitocina no organismo. Isso influencia não apenas as relações sexuais como o ato da amamentação. É a partir do estímulo feito pelo bebê que o organismo feminino entende que deve liberar o fluxo de leite. Nesse campo materno, ela participa ainda do parto natural, estimulando as contrações uterinas. Mas, além do amor entre pares e materno, esse hormônio atua também em outros processos do sistema nervoso.

Controle do medo e do estresse

Existe consenso entre a comunidade científica de que a oxitocina inibe o centro de medo no cérebro, facilitando a diminuição dos seus estímulos. Estudo indica que, quando administrada pelo nariz, esse hormônio ativa um circuito dentro da amídala, inibindo as respostas do medo. Outra pesquisa mostra que ela pode ajudar na recuperação de pessoas com estresse pós-traumático

A ocitocina reduz a liberação do hormônio ACTH, que estimula a produção do cortisol. Assim, a ocitocina pode interferir na produção do hormônio que está ligado aos efeitos do estresse no organismo. Estudo da Universidade de Zurique mostrou que as pessoas que recebem apoio social, ou ingerem ocitocina, registram aumento da calma e diminuição dos índices de ansiedade

Como o corpo produz ocitocina

A ocitocina é um hormônio formado por nove aminoácidos, sendo sete deles produzidos pelo organismo: cisteína (x2), tirosina, glutamina, asparagina, prolina e glicina. Já a isoleucina e a leucina, que completam a fórmula da ocitocina, não são produzidas pelo corpo e devem ser ingeridas pela alimentação. A falta ou escassez de algum desses aminoácidos afeta a produção de ocitocina pelo organismo, com efeito sobre os mecanismos que ela influencia. 

Sintomas de falta de ocitocina

A pessoa que produz quantidades insuficientes de ocitocina apresenta instabilidades mentais e físicas. Entre os principais sintomas estão:

  • Palidez;
  • Falta de expressões emocionais;
  • Estresse;
  • Diminuição da libido;
  • Diminuição da função cognitiva, memória e atenção;
  • Distúrbio do sono;
  • Falta de lubrificação durante o sexo;
  • Diminuição da capacidade de chegar ao orgasmo;
  • Tensão e dores musculares;
  • Maior sensibilidade à dor;
  • Dificuldade de amamentar; 
  • Ansiedade e medo excessivos.

Como esses sintomas também são relacionados a outras doenças, é importante consultar um médico para diagnóstico e tratamento adequados. 

Como estimular a produção de ocitocina

A produção de ocitocina pode ser impulsionada pela ingestão de alimentos que forneçam os aminoácidos essenciais da fórmula do hormônio. A isoleucina é encontrada principalmente em oleaginosas – como castanha-de-caju, castanha-do-pará, amêndoas, amendoim, avelã -, além da abóbora, batata, ovos, leite (e derivados), ervilha e feijão preto. A leucina também está presente nas oleaginosas, na ervilha e no feijão, além do pepino, tomate, berinjela e repolho.

A liberação da ocitocina no organismo também pode ser estimulada por ações simples. Confira algumas:

Abraçar demoradamente

Pesquisas mostram que abraços demorados, superiores a 30 segundos, têm potencial para estimular a liberação de ocitocina no cérebro. Esse ato é especialmente recomendado para crianças, que podem crescer com sensação de acolhimento.

Ter relações sexuais

Estudos mostram que o corpo é gradativamente tomado por ocitocina durante uma relação sexual. Esse é um processo que começa com os primeiros estímulos táteis e atinge o nível máximo durante o orgasmo.

Tomar sol

Assim como a endorfina, a ocitocina tem sua produção influenciada pela exposição ao sol. Se você não consegue tomar sol por qualquer motivo, pode usar uma luz UVB ou suplementar com vitamina D.

Relaxar

Ações que levam ao relaxamento, como ouvir música calma, praticar yoga, tomar banhos quentes e meditação induzem a liberação do hormônio em nosso organismo.

Ingestão de ocitocina

Além de alimentos e ações que estimulem sua produção, a ocitocina também pode ser ingerida diretamente. Ela pode ser manipulada por farmácias de manipulação, sob prescrição de profissional habilitado, e pode ser disponibilizada em cápsulas, comprimidos sublinguais ou ainda em spray nasal, para melhores absorção e ação. Entre em contato com a Essentia Pharma para mais informações sobre ativos e manipulações.

 

 

O que é endorfina?

A endorfina é o analgésico natural do corpo. Liberada pelo hipotálamo e pela glândula pituitária em resposta à dor ou ao estresse, ela faz parte de um grupo de hormônios peptídicos que alivia a dor e cria uma sensação geral de bem-estar.

Continue a leitura e saiba o que é endorfina, como ela atua e quando essa substância é produzida no nosso corpo.

 

Conhecida como um dos hormônios da felicidade, a endorfina é um neurotransmissor produzido pelo nosso organismo. 

O nome desse grupo de hormônios deriva do termo “morfina endógena”. “Endógenos” porque são produzidos em nossos corpos. Já “morfina” refere-se ao conhecido analgésico opioide utilizado para amenizar a dor. Por isso a endorfina também é conhecida como um analgésico natural.

Existem cerca de 20 tipos diferentes de endorfinas. Entre elas, a mais estudada é a beta-endorfina, que é a associada ao “barato do corredor”. A expressão está relacionada ao estado de curta duração e profundamente eufórico que sentimos após a prática de exercícios de alta intensidade, como correr ou pedalar.

Também liberamos endorfinas quando rimos, nos apaixonamos, temos relações sexuais e até quando comemos uma refeição deliciosa.

 

Para que serve a endorfina?

 

Analgésico natural do corpo

Como citamos logo na abertura deste artigo, a endorfina possui ação analgésica, que pode ser comparada aos efeitos de opioides como a morfina, ao agir sobre as sinapses e inibir a transmissão da dor.

Ela é liberada naturalmente pelo hipotálamo quando fazemos exercícios físicos de alta intensidade, sofremos alguma fratura nos ossos ou após um procedimento cirúrgico, por exemplo. 

Vale destacar que, apesar de ter uma atuação parecida com os opioides, a endorfina não provoca dependência, como é o caso da morfina.

 

Reduz estresse e promove sensação de bem-estar

A endorfina também está relacionada à sensação de bem-estar e prazer, o que ajuda no controle da irritabilidade e do estresse, cada vez mais presentes no mundo cotidiano em que vivemos.

 

Controla a ansiedade e melhora o humor

ansiedade também pode ser controlada pela endorfina liberada pelo nosso cérebro, já que esse neurotransmissor aumenta a felicidade e melhora o humor. Por outro lado, baixos níveis desse hormônio podem levar, inclusive, à depressão.

 

Aumenta a autoestima

A sensação de bem-estar e prazer desencadeada pela endorfina também ajuda a aumentar a autoestima e a autoconfiança. Afinal, quando estamos felizes e de bem com a vida, nos sentimos mais confiantes, capazes e satisfeitos.

Uma das formas de liberar a endorfina é praticar atividades físicas regularmente, o que contribui para fortalecer o corpo e para aumentar a coordenação motora.

 

Melhora a memória, o foco e a atenção

Quando nos sentimos bem e com a cabeça livre de preocupações, fica muito mais fácil manter o foco e a concentração. Ainda, a percepção em relação aos estímulos externos aumenta e se torna mais clara. Por isso, a endorfina também ajuda a melhorar a memória e a exercer atividades que exigem atenção.

 

Fortalece a imunidade

Em situações de estresse crônico ou depressão, o cortisol é uma das principais substâncias secretadas pelo organismo. Quando isso acontece por tempo prolongado, as defesas ficam enfraquecidas, aumentando, assim, o risco de doenças.

Já quando a endorfina é liberada juntamente com outros hormônios, como o cortisol, ajuda a reduzir o estado de tensão, a irritabilidade e o estresse emocional, contribuindo para o fortalecimento do sistema imune.

 

Aumenta a libido

A endorfina induz a síntese e a liberação de outros hormônios, como a ocitocina, que também é conhecida como o hormônio do amor. Assim, há um aumento natural da libido e do desejo pelo contato íntimo.

 

O que acontece quando a endorfina está baixa?

Baixos níveis de endorfina na corrente sanguínea têm sido associados a um risco maior de desenvolvimento de algumas doenças e condições como:

  • depressão;
  • ansiedade;
  • irritabilidade;
  • mau humor;
  • estresse crônico;
  • fadiga constante;
  • dores de cabeça;
  • enxaqueca crônica;
  • insônia;
  • fibromialgia.
 

Como liberar endorfina

Elencamos abaixo uma série de atividades que pode ajudar a aumentar os níveis de endorfina no nosso organismo:

 

Exercícios físicos

Caminhar em ritmo acelerado ou fazer qualquer outra atividade aeróbica de forma mais intensa provoca a liberação de beta-endorfina, um dos principais tipos de endorfina.

 

Acupuntura

Uma boa maneira de liberar endorfina na corrente sanguínea é por meio de estímulos com pontos de pressão. Por isso a prática da acupuntura em pontos específicos do corpo ajuda na liberação de endorfinas.

 

Meditação

Técnicas de relaxamento, como a meditação, contribuem para diminuir o ritmo, controlar a ansiedade, manter o equilíbrio, evitar o esgotamento emocional e reduzir os níveis de cortisol. Ainda, ajudam na liberação dos chamados hormônios da felicidade, entre eles a endorfina, a dopamina, a serotonina e a ocitocina, trazendo bem-estar, prazer e alegria.

 

Contato físico

As endorfinas promovem a liberação de outros hormônios, entre eles a ocitocina, conhecida como hormônio do amor e responsável por aquela sensação de felicidade que sentimos após um contato físico como um abraço ou uma relação sexual.

 

Ouvir música

Existem cada vez mais estudos que mostram os benefícios da música para a saúde. Entre outros, ouvi-la ajuda a liberar uma onda de endorfinas e pode, inclusive, aumentar nossa tolerância à dor.

 

Dar risada

Um ato simples, como uma boa gargalhada, pode liberar uma enxurrada de hormônios em nosso organismo, como endorfinas, dopamina e serotonina, responsáveis por promover uma sensação geral de bem-estar.

Além de aliviar a mente, sorrir movimenta diversos músculos e partes do corpo. Tal hábito traz tantos efeitos benéficos, que é utilizado como terapia alternativa, mais conhecida como Terapia do Riso ou Risoterapia, cujo objetivo é promover bem-estar físico e emocional.

 

Luz ultravioleta

Do mesmo modo que a prática de exercícios físicos, a luz ultravioleta também estimula a liberação de beta-endorfinas. Por isso algumas pessoas desfrutam de uma sensação de felicidade e prazer quando passam um tempo ao ar livre no sol.

 

Alimentos e ativos para aumentar a endorfina 

Existem alguns alimentos que aumentam a produção de endorfina pela hipófise, promovendo, assim, uma maior sensação de prazer e bem-estar. Do tamanho de uma ervilha e localizada na base do cérebro, a hipófise também é conhecida como “glândula mestre”, por controlar a função de outras glândulas endócrinas do corpo. 

Entre os alimentos com ativos para aumentar a endorfina, estão:

  • chocolate amargo; 
  • pimenta;
  • aveia;
  • sementes de abóbora.

Além disso, você também pode elevar os níveis de endorfina no organismo através de fórmulas manipuladas. Consulte seu médico ou nutricionista e entre em contato conosco para mais informações sobre ativos e manipulações.