Melhorar sua autoimagem só depende de você!

26/08/2013 13:04

 

Você se esforça e, mesmo assim, nunca se sente boa o suficiente? Talvez esteja distorcendo sua autoimagem. Vai, pode quebrar o espelho - a gente garante que os próximos sete anos serão de felicidade!

Publicado em 13/08/2013

Reportagem: Tarsila Isabela / Edição: MdeMulher

Além da aparência, o espelho reflete nossas inseguranças
Foto: Tarcísio de Lima

Uma autoimagem distorcida é a realidade para a maioria das mulheres. Por algum motivo, quando paramos para nos avaliar, nosso senso crítico atinge a potência máxima e só vemos queixas - celulite, pouco peito, pele sem brilho. E, por mais que sejam coisas em que ninguém repara, elas nos incomodam profundamente. A verdade é que jogamos para cima da aparência uma série de frustrações e insatisfações - até aqueles probleminhas emocionais que ficaram no passado parecem pesar nesse momento. E o espelho reflete, além do físico, toda a construção de imagem que fazemos de nós mesmas: de quão competente você se percebe na carreira a quão boa filha, amiga, namorada, esposa se considera. Um exercício rápido: quantas manhãs você já não acordou e se sentiu horrorosa e, logo no dia seguinte, atraente - sem nada ter mudado aparentemente? Isso acontece porque projetamos nossas inseguranças na aparência o tempo todo. Uma pesquisa da Social Issues Research Center, feita em 2012 no Reino Unido, mostrou que somos mais críticas com nossa autoimagem do que os homens - pelo menos oito em dez mulheres se olham no espelho e se sentem insatisfeitas. E esses tempos modernos só reforçaram isso. Os dias estão mais curtos, enquanto nossa lista de tarefas não para de crescer! E, não importa quanto você se esforce, nunca parece atingir o patamar das mulheres que admira. Mas espera aí. Talvez esteja faltando justamente colocar o seu nome nessa seleta lista.


Quero a vida dela!

Ninguém é linda como a Angelina Jolie nem tem o mesmo talento para negócios que Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza e a terceira empresária mais poderosa do Brasil, segundo a revista Forbes. Mas, por algum motivo, você sente que deveria - afinal, o mundo valoriza pessoas assim. Só que, em vez de essa admiração a empurrar para a frente, funciona como um lembrete de quanto você está ficando para trás enquanto essas supermulheres avançam à linha de chegada. Para poder competir à altura, você passa a exigir demais de si mesma. "A comparação é prejudical, pois estabelece referências irreais. Quanto mais você olha para o outro, menos se enxerga", diz a psicóloga Heloísa Fleury, de São Paulo. Colocar suas metas na estratosfera gera frustração e dá aquela impressão de nunca chegar aonde deseja.

Resultado: se você deita a cabeça no travesseiro todas as noites com a sensação de ter ficado "devendo" alguma coisa mesmo tendo feito seu melhor, será que a distância entre sua realidade e sua expectativa não está grande demais? É preciso ser inteligente para avaliar o que dá ou não para mudar - de que adianta sofrer para ter o corpo da Sabrina Sato se a sua estrutura for outra? Essa idealização gera cobranças e faz com que suas qualidades pareçam insuficientes. Fora que se esforçar para alcançar mulheres que não estão nem indo na mesma direção é cansativo - e uma perda de tempo, energia e talento.


A dor e a delícia de ser o que é

Não é fácil mudar a forma como a gente se vê. Afinal, essa imagem é construída por diversos elementos, desde características externas (como altura, peso e QI) até internas (como experiências, elogios e traumas). E porque vivemos em uma cultura em que ser modesto é "bonito", aprendemos a absorver melhor o negativo do que o positivo - esquecemos os elogios, mas nunca as críticas. "O ser humano é relacional: tem a necessidade de ser validado pelas pessoas o tempo todo", diz a psicóloga Sirley Bittu, da clínica Self Care, em São Paulo. Valorizamos a imagem dos outros à medida que desvalorizamos a nossa.

Ora, é um desafio e tanto manter a autoestima lá em cima quando o seu foco está em tudo aquilo que você não tem - e no que outras mulheres têm de sobra (ou que você imagina que tenham). Ok, a Angelina reúne tudo: beleza, sucesso, amor, família, sex appeal. Mas, se fosse possível, você estaria disposta a encarar o pacote completo, com os aspectos ruins também? A vida dela não é tudo isso que você pensa. E mesmo se fosse: será essa a definição de felicidade que você quer para você? "Nós confundimos a imagem que temos de alguém com a realidade dela. E nos espelharmos no melhor de uma pessoa, sem considerar seus pontos negativos, gera uma angústia desnecessária", diz Heloísa. À medida que você ajusta suas expectativas sobre os outros, você consegue se posicionar num patamar mais verdadeiro e justo em relação a si mesma. E, claro, fica mais feliz e satisfeita com as suas conquistas.


Invista no que você tem de melhor

A resposta está exatamente no que você considera o centro do problema: ser você mesma. Agora, precisamos ser sinceras. Provavelmente, você não tem nenhuma qualidade excepcional - nós também não, ufa. Isso é bom! Aliás, é o que a habilita a constar entre as pessoas mais admiradas da sua lista. Você, apesar de não sobressair por qualidades óbvias, como uma beleza exótica ou por saber negociar como ninguém, tem características e passou por experiências muito específicas, que a tornam uma pessoa única. Em vez de perder tempo pensando em tudo aquilo que não tem, mude o foco. Mesmo porque trabalhar a autoestima não é mais garantia de sucesso pessoal. Um estudo recente da Universidade Berkeley, nos Estados Unidos, garante que o que nos torna realmente poderosas é a autocompaixão elevada. Ou melhor, a habilidade de olhar para os próprios erros e fraquezas com compreensão e tolerância, sem severidade.

Sabe aquelas características que a fazem se destacar? Não precisa ser nada de mais: jogo de cintura, simpatia, disciplina... Procure desenvolvê-las. Você ganha mais investindo no que já tem do que gastando energia indo atrás de algo que talvez nem combine com seu perfil. Aliás, sua singularidade/pacote/conjunto é a arma mais forte que você guarda. E usar isso a seu favor pode ajudá-la a chegar mais longe em todas as áreas da vida. Sua realização depende de como você se aceita. Então, por que não trocar o espelho?



Faça um raio x da sua autoimagem

Monte uma lista com suas características. Não o que os outros dizem ou o que você gostaria de ser, mas como você se enxerga - com pontos positivos e negativos sobre sua aparência e personalidade. Isso vai ajudá-la a detectar onde anda se cobrando demais...


Identifique os rótulos que colocaram em você

Temos o costume de acreditar nas coisas que dizem sobre nós, mesmo que não sejam verdade. Chegou a hora de derrubar os mitos! Anote os defeitos e as qualidades que os outros apontam em você. Da lista, com quais realmente concorda? E quais foram induzidas? Se não conseguir pensar em mais de um exemplo que justifique a ideia, pode descartar.


Defina seus objetivos

Você quer realmente ter tudo? Se sim, por onde vai começar? Se não, o que é prioridade? Organize suas ambições e observe quais características podem ajudar você a chegar lá. Caso esteja pensando em estudar no exterior, por exemplo, e ainda não é fluente, utilize sua facilidade com idiomas para fazer um intensivo.

 

Autoimagem

Você só queria ajudar e acaba sendo intrometida. Tenta descontrair, mas cria um climão. Se suas intenções são boas, mas os resultados não são, pode ser um problema de autoimagem distorcida. Cada um tem uma percepção de si que orienta o jeito como lida com os outros. "Desde pequeno, você age de um modo e é criticado. Age de outro, e acham graça. Assim, vai criando estratégias para se relacionar", diz a psicóloga Daniela Carneiro, de Minas Gerais. Mas, às vezes, características que são positivas para uns assumem um sentido negativo para outros. "Quem tem família onde todos gritam aprende a gritar para se impor, mas pode repetir isso onde é inadequado", diz a consultora de imagem Patrícia Tucci, autora do livro Qual É a sua Imagem?

Primeira Impressão

 

Sabe aquela sensação estranha de ouvir sua voz gravada ou se ver em um vídeo? Acontece com bastante gente: é que construímos nossa autoimagem levando muito em conta nossos pensamentos - e deixando tom de voz, gestos e expressões faciais em segundo plano. Por outro lado, esses elementos pesam bastante na imagem que os outros constroem de nós. A primeira impressão que temos de uma pessoa, formada nos primeiros minutos em que a conhecemos, é 55% composta por sua aparência e linguagem corporal, 38% pelo tom de voz e apenas 7% pelo conteúdo dito - segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia. "No longo prazo, o que sustenta a imagem é o conteúdo, mas pode levar tempo para reverter uma má impressão", diz a consultora de imagem Patrícia Tucci. Tente perguntar a amigos próximos qual foi a primeira impressão que tiveram de você e fique atenta aos pontos que considerar incômodos 

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Você se acha... Ótima para quebrar o gelo e boa  

 para contornar situações constrangedoras. Tem certeza de que a admiram por se dar bem com todos e por conseguir conversar sobre qualquer assunto. 

Mas pode parecer...Que você é totalmente invasiva! Muita gente não gosta de intimidade demais. Além disso, há momentos que são tensos ou embaraçosos de verdade - e nem sempre é adequado tentar aliviá-los fazendo piadinha ou mudando de assunto 

Modesta ou coitadinha?

Você se acha... O tipo que prefere não criar expectativas para não se decepcionar. Evita ser egocêntrica: não sai por aí contando vantagem e, ao ouvir os problemas dos amigos, se solidariza e divide os seus com eles.

Mas pode parecer... Uma pessoa sem iniciativa, que se faz sempre de vítima e que não tem nenhuma qualidade ou valor. O que você chama de realismo pode ser visto como pessimismo

O que pode mudar?

- Valorize e conte aos outros suas vitórias 

- Aceite elogios, sem rebatê-los imediatamente com alguma autocrítica

- Ao ouvir um desabafo, evite se identificar e reforçar o lado negativo da história 

Extrovertida ou inconveniente?

Você se acha... Ótima para quebrar o gelo e boa de timing para contornar situações constrangedoras. Tem certeza de que a admiram por se dar bem com todos e por conseguir conversar sobre qualquer assunto. 

Mas pode parecer...Que você é totalmente invasiva! Muita gente não gosta de intimidade demais. Além disso, há momentos que são tensos ou embaraçosos de verdade - e nem sempre é adequado tentar aliviá-los fazendo piadinha ou mudando de assuntoO que pode mudar?

- Observe se as pessoas estão entediadas ou desconfortáveis enquanto você fala.

- Demonstre interesse pelo que o outro tem a falar e ouça-o sem interromper.

- Ao escutar alguém, evite expressões ou tiques que demonstrem impaciência

 

Sincera ou mal-educada?

Você se acha... Capaz de falar tudo "na cara". Defende que dizer a verdade ajuda o outro a enxergar melhor os problemas e a crescer a partir disso. E que amigo que é amigo não fica consolando e escondendo a realidade, mas sempre abre o jogo.

Mas pode parecer... Insensível e grosseira. Em geral, as pessoas conhecem muitos de seus defeitos e pontos fracos; não é preciso lembrá-las disso o tempo todo

 

Pense duas vezes

Pense bem: você tem mesmo intimidade com aquela pessoa? O momento é adequado para sair dizendo suas verdades?

Passe a observar quem é mais sensível e costuma se magoar com seu jeitão franco. 

Uma vez basta! As pessoas se lembram da sua opinião contundente. Não precisa repeti-la 

 

Autoconfiante ou arrogante?

Você se acha... Uma pessoa competente, determinada e que não teme desafios. Como acredita muito no seu potencial, não gosta de perder tempo resolvendo um problema.

Mas pode parecer... Que você não está nem aí para a opinião dos outros. E que só conhece um jeito certo de fazer as coisas: o seu. Espírito de liderança é positivo, mas até as pessoas inseguras gostam de ser ouvidas e participar 

Confiante sem arrogância

- Dê tempo para o outro refletir, se manifestar e, quem sabe, até discordar de você.

- Ao criticar alguém, seja sutil nas palavras e no tom e não faça isso em público ou estressada.

- Ninguém precisa ouvir "eu avisei!" ao levar um fora. Segure a necessidade de se autoafirmar

 

 

Simpática ou falsa?

Você se acha... Extremamente educada e disposta a fazer de tudo pra agradar a todos. Está certa de que é flexível e tenta ouvir e conciliar lados opostos em uma discussão.

Mas pode parecer... Que está sempre fazendo média! Já reparou que nem todos se dão bem na vida? E que discordar não é sinônimo de chamar para briga? Sorrir e concordar sempre pode fazer você parecer artificial ou insegura