Ecologia Interna

19/05/2013 20:56

Podemos eliminar o que abala nossa ecologia interna e também promover práticas saudáveis de fortalecimento da mesma.

Comecemos por “varrer” o nosso lixo - limpando o nosso interior.Vamos listar (caneta e papel) todos os resíduos de nossas emoções incontroláveis, impulsivas e odiosas.

Com certeza essas contaminaram o seu entorno através de agressões verbais e atitudes destrutivas.

As emoções, principalmente as mágoas, podem mudar, evoluir ou mesmo desaparecer se você tiver uma abertura de consciência e estiver disposta (o) a praticar o desapego das decepções do passado. A melhor forma para que você angarie energia e força de vontade para isso, é canalizar sua agressão contida (pois mágoas são raivas camufladas) para uma energia de amor voltada a um bem comum. 

Uma boa exemplificação é que podermos usar nossa ira colocando-a a serviço da reparação de uma injustiça. Isso vai além de uma superação pessoal e posso afirmar que a alegria de estar participando de uma ação coletiva cura e cicatriza qualquer ferida no nosso amor próprio.

Você pode também cuidar do seu “buraco de ozônio” como uma prática saudável no seu mundo pessoal, você com você mesma, esposo (a), filhos, família de origem, amigos, etc. 

Você necessitará apenas de filtro emocional. Ele irá atuar sobre sua sensibilidade e fragilidade em aceitar as críticas externas. Quanto mais vulnerável você for às vozes alheias mais sua auto-estima se equipara a zero. Para que isso não aconteça tão frequentemente, cuide de seu ego, ressalte para você mesmo tudo o que faz de bom criativo, a amiga (o) que é para todos, etc. 

Todas as situações agradáveis que viveu e vive, seus projetos, seus sonhos... enfim todas as emoções positivas que como um belo filtro de amor lhe protege do buraco de ozônio, que é viver sem respeito pelo Outro e sem Gratidão.

Abençoe-se  – amar é ser feliz.

 

 

Um dos postulados xamânicos  e que todos nós fazemos parte de uma grande rede e o que fizermos a qualquer destes fios que nos interligam, abalará a mesma.
Na ecologia externa isso é bem visível através dos desastres ecológicos; terremotos, cheias, secas, derretimento da calota polar, etc.

Este mesmo desequilíbrio ocorre em nível microscópico no relacionamento de mim para comigo e de mim para o próximo mais próximo: esposo(a) filhos, pais
e o nosso entorno. A mais delicada estrutura é da rede pessoal e essa é o cerne da ecologia interna.

Parto do pressuposto que à medida que nos conhecemos intimamente restauramos os fios que saem de cada um para o outro numa nova tecitura.

Tudo deve começar com a intenção clara de querer realmente saber quem somos nós! Uma determinada pessoa causa-nos profundo mal-estar, a convivência com ela é carregada de animosidade e desafeto. Inicie por detectar qual o “defeito” daquela pessoa que é mais imperdoável para você, vamos supor que é a “crítica” de plantão que ela é. Troque de papel com ela no seu imaginário e procure sentir como ela se sente ao criticar tudo, verá que este aspecto indesejável vem acompanhado de um sentimento de prepotência e teimosia que a transforma na 'dona da verdade'. Você leva um choque! Não é que nas suas discusões com seu esposo(a)você é acusada desse "defeitinho"?

Se você busca seu equilíbrio interno verdadeiramente, para que esta rede possa ser restaurada, terá que ter a humildade necessária de admitir que você também é um fio que está rompido.

Vamos supor que seja a “crítica” de plantão que você é.

Mergulhe mais em você e faça este exercício com outra pessoa, outras situações. Caso queira restaurar a sua rede interna de interrelações do que
você pensa que é e o que verdadeiramente é, estará iniciando o intercâmbio entre o consciente e o inconsciente.

Esta é uma técnica que nos leva a ser artífice de um grande projeto que é participar da harmonia e do equilíbrio planetário. A ecologia interna passa a ter um significado de vida e missão de Alma.