Atire a primeira pedra quem nunca criticou as atitudes do outro sem saber de todos os fatos que envolviam a situação. Atire a primeira pedra quem nunca julgou o outro por suas próprias opiniões e não por todo o contexto. Em busca da verdade e justiça o homem se depara com uma de suas maiores pedras de tropeço. Ele julga e jamais deseja ser julgado, ele puni e não deseja ser punido, pois crê que se encontra em outro patamar, em outro nível no qual é capaz de decidir tudo como um deus.
Equivoco dos equívocos, Deus não puni ele é amor, e dentro do amor encontramos muito mais que emoções. Encontramos inteligência, raciocínio e lógica para chegar a um resultado de fato amoroso. Sem lógica e inteligência não há amor, sem utilizar o cérebro somos conduzidos por emoções que em muitos casos fazem analises erradas de uma situação.
Há de se entender bem os dois lados da moeda, para depois fazer um julgamento das atitudes alheias. Obviamente que um erro não justifica outro, o que aponto aqui é a nossa falta de capacidade de analise. Entendo que o seu julgamento nunca será o julgamento do outro, pois somos seres individuais. Existem verdades paralelas, que por vezes, podem até se cruzar e se unirem, no entanto a tomada de decisão e analise sempre será feita mente por mente.
Hoje não venho aqui para julgar, criticar ou punir alguém, quem sou eu para fazer isto! Se até um juiz qualificado para tal cargo é suscetível a erros, e todos bem sabem que o julgamento sempre é fator pessoal e intransferível. Todavia realizado através de levantamentos de dados e informações, sem informação e provas um juiz não toma partido, então porque cargas da água nós tomados partido e julgamos através das nossas suposições emotivas! Vou citar um exemplo que ouvi de uma coaching esta semana: Imaginem um pai que trabalha durante a semana e não vê o filho neste período, chega final de semana este pai em casa, vê seu filho o tempo todo na frente do computador. E assim passam algumas semanas e a cena se repete, sem falar com o filho o pai observa a situação e pensa que seu filho é um vagabundo, que só quer saber de ficar em chats jogando conversa fora. Sentindo certeza do que vê o pai toma a decisão, vou cortar a internet. No entanto ao ir comunicar ao filho a decisão escuta o desabafo do menino que se diz exausto de tanto trabalhar na finalização do seu trabalho de conclusão. Escutando isto, o pai percebe o erro que cometeu, seu filho não é um ‘vida boa’ e sim um jovem determinado e estudioso.
O pensamento quando levado pelas emoções negativas, criam enormes problemas para aqueles que julgam sem antes analisar os fatos. A sorte deste pai que ao dar a sentença ao filho, foi interrompido pelo desabafo do mesmo. Ao contrário ele magoaria o filho demonstrando falta de atenção e amor para com ele. O correto é que cada pessoa aja na sua vida como um verdadeiro juiz, peçam as provas, falem com testemunhas, juntem o máximo de informações possíveis e só depois disto analise o caso e de a sentença. Sem informação e provas é impossível dar a punição. Isto é fato óbvio, no Brasil sabemos da corrupção, mas não conseguimos juntar dados suficientes, para comprovar o crime dos mal feitores e assim vamos julgando da boca para fora, sem nada resolver e sempre achando que somos os donos da verdade e vitimas do mundo.