Fevereiro Roxo-Mês de Concientização sobre ALZHEIMER
O mês de fevereiro é também conhecido pela conscientização da Doença de Alzheimer¹. O lema da iniciativa é ‘Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto’¹. A doença foi descoberta em 1906 e o Alzheimer geralmente se manifesta a partir dos 60 anos de idade¹.
Em suma, a Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais².
A doença de Alzheimer é mais frequente associada à idade, cujas manifestações cognitivas e neuropsiquiátricas resultam em uma eventual incapacitação³. Em geral, o primeiro aspecto clínico é a deficiência da memória recente, enquanto as lembranças remotas são preservadas até um certo estágio da doença³.
Além das dificuldades de atenção e fluência verbal, outras funções cognitivas deterioram à medida que a doença evolui, entre elas a capacidade de fazer cálculos, as habilidades visuais e espaciais, e a capacidade de usar objetos comuns e ferramentas³. O grau de vigília e a lucidez do paciente não são afetados até a doença estar muito avançada³. A fraqueza motora também não é observada, embora as contraturas musculares sejam uma característica quase universal nos estágios avançados da doença³.
Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes².
Causa² A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.
A doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:
Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.
Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.
Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.
Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.
Sintomas
O primeiro sintoma, e o mais característico é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.
Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:
Falta de memória para acontecimentos recentes;
Repetição da mesma pergunta várias vezes;
Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos;
Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas;
Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos;
Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.
Diagnóstico
O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue.
O diagnóstico do Alzheimer no paciente que apresenta problemas de memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de viso espaciais, que é a percepção de espaço.
Vale ressaltar mais uma vez que o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e em tempo oportuno é fundamental para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença.
O Alzheimer pode ser tratado pelo psiquiatra geriatra ou por um neurologista especializado no tratamento da Doença de Alzheimer.
Tratamento
O tratamento da DA deve ser multidisciplinar, envolvendo os diversos sinais e sintomas da doença e suas peculiaridades de condutas. O objetivo do tratamento medicamentoso é propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.
Fontes:
1 – Fevereiro Roxo conscientiza sobre Alzheimer, lúpus e fibromialgia – Secretaria da Saúde do Distrito Federal – Governo de Goiás. Disponível em https://www.saude.df.gov.br/fevereiro-roxo-conscientiza-sobre-alzheimer-lupus-e-fibromialgia/. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020.
2 – Alzheimer: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção –Ministério da Saúde. Disponível em https://saude.gov.br/saude-de-a-z/alzheimer. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020.
3 - A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos – Scielo. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/rprs/v30n1s0/v30n1a02s0.pdf. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020.
4 -Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Doença de Alzheimer – Ministério da Saúde. Disponível em https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-doenca-de-alzheimer-livro-2013.pdf. Último acesso em 11 de fevereiro de 2020.