7 ciclos sagrados da vida de uma mulher
Assim como a Lua e as estações, as mulheres mudam durante a vida inteira. Cada fase oferece chances de renascermos, aceitando a nossa natureza cíclica, criativa e mutável. A seguir, abordamos os sete principais ciclos femininos
1. Puberdade
Para mulheres de muitas gerações, a menarca foi vivida como um fato incômodo. O pior é que até hoje se associa a menstruação apenas às cólicas e à TPM, como se ela não tivesse nada a ver com a função reprodutiva e o potencial feminino para o milagre da gravidez e do parto. Desfazer a conotação negativa em torno do assunto é tarefa da mãe. Cabe a ela ensinar à filha o significado dessa passagem que marca o fim da infância e torna a menina capaz de gerar e nutrir. Assim, será mais fácil para a adolescente lidar com as emoções ambivalentes típicas do período e com as metamorfoses do corpo, valorizando-o sem se basear em padrões estéticos inatingíveis (como a magreza das modelos, por exemplo)
2. Iniciação sexual
Para a psicoterapeuta Monika Von Koss, autora do livro Rubra Força (ed. Escrituras), a primeira relação sexual inicia a mulher na vida adulta. Simbolicamente, mostra quanto o nosso mundo interno é permeável ao universo externo - daí a importância de aprendermos a discernir o que desejamos receber e o que queremos evitar. O cuidado não tem cunho moralista, é uma proteção à essência feminina não só nesse primeiro contato mas ao longo da vida. Se não honrarmos essa essência, respeitando nosso corpo como a um templo sagrado, ficamos vulneráveis. Por isso, é fundamental conhecer métodos contraceptivos, impedindo uma gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis. Vale lembrar também que, ao entrar nesse ciclo, a jovem se dá conta da sua capacidade de sentir prazer e percebe que a sexualidade vai além do aspecto físico, envolvendo a alma, o coração, medos, desejos e fantasias
3. Fase de conquistas
A formatura é um rito de passagem recente na história feminina, já que, até a metade do século passado, a profissão das nossas avós era, em geral, o casamento. Nessa época, em que a mulher se firma como adulta e quer solidificar suas bases, costuma surgir o desejo de um relacionamento duradouro. Faz parte do amadurecimento esquecer o mito romântico da união indissolúvel, tão disseminado pela nossa cultura
4. Maternidade
Nada transforma tanto uma mulher quanto a maternidade. Além das mudanças físicas, a gestação e a fase de aleitamento produzem alterações psíquicas e cerebrais. A jornalista Katherine Ellison mostra no livro Inteligência de Mãe (ed. Planeta do Brasil) que o aumento nos níveis de hormônios torna a mente mais ágil, reduz o stress, aguça o olfato e a audição. A intensidade dessa experiência não deve, porém, ser usada como justificativa para abandonar projetos pessoais
5. Maturidade
A passagem do tempo é igual para todas nós. Mas o processo de amadurecimento não é. Há quem envelheça sem atingir a maturidade, que significa fazer escolhas, enfrentar crises, aceitar perdas e decepções, enfim, aprender com as experiências. Se você desenvolve seus recursos interiores, chega ao apogeu preparada para viver mais uma transição: o climatério, um longo período de oscilações hormonais que conduz ao final da fertilidade
6. Melhor Idade
Imagine-se subindo uma montanha. Após percorrer uma longa trilha, você chega, enfim, ao topo. De lá consegue vislumbrar coisas que antes não podia enxergar, gozando a sensação de plenitude e de gratidão pela vida. Sim, a velhice pode ser um tempo de sabedoria, mas ela não vem de graça. É preciso se cuidar ao longo de todos os ciclos e se autovalorizar, honrando os cabelos brancos. Cultivar a espiritualidade é fundamental para driblar os estereótipos que rondam essa fase
7. Separações e mortes
Embora as experiências de luto marquem nossa existência, a civilização ocidental teima em negar a morte, o que só dificulta a elaboração emocional. É mais saudável chorar, esvaziar a dor e, nesse processo, atribuir sentido às perdas