Analise dos Contos de Fadas da Disney.

As histórias de princesa fazem referência a um personagem feminino representado por uma bela moça. Geralmente, há também um personagem do mal, uma bruxa por exemplo, que muitas vezes possui poderes mágicos. A princesa é sempre caracterizada por ser bela e bondosa, e por sofrer pelas ações de algum personagem do mal. Ela será salva desse contexto por um homem, um príncipe, e viverá feliz para sempre.
A escritora e psicóloga Chilena Pilar Sordo defende que nós aprendemos através dos contos de fadas, que os homens nos dão a vida. A felicidade está atrelado ao outro, portanto estes homens são criados com a expectativa de serem príncipes. Para isso cumprem com muitos requisitos como: ter status, estabilidade emocional e econômica, serem gentis, bonitos e ainda ótimos pais. Quando “o” príncipe entra em minha vida eu o reconheço de imediato, porque eu sinto que ele é o homem certo para mim. Como saber que aquele homem a quem eu mal conheço é o “homem da minha vida?
Nos contos de fadas, não existe o tempo para o conhecimento mútuo e as experiências para aprender a se descobrir, o que eu gosto ou não no outro, o aprendizado é instantâneo: eu vejo e sei que é ele. E estas mulheres são instigadas a abrir mão de tudo para este homem, pois está é a garantia que serão felizes para sempre. Os contos de fadas são sempre um conto com um final feliz, e não é isso o que queremos. Não queremos amores eternos infundados em destinos mágicos e banquetes da realeza. O que realmente nos faz felizes é viver o nosso ar, cheio de liberdade e loucura. Por isso, não temos que procurar um conto com final feliz, e sim sermos felizes sem contos. Sem expectativas. Sem fada-madrinha. Sem coroas. Sem sapos. E que a única magia que conheçamos seja a do amor próprio, porque só assim poderemos exigir um caminho de estrelas.


