A Corrente do Bem

21/03/2015 23:21

A ideia é muito simples. Se você ajuda 3 pessoas e cada uma destas 3 pessoas ajuda mais 3 pessoas, teremos 9 pessoas ajudadas. E se estas 9 pessoas ajudarem mais 3, teremos 27. Depois 81… depois 243…depois 729… e assim vai!

Claro que, como na cena do filme, muitas pessoas podem apenas querer ajuda e não querer ajudar mais ninguém. Mas isso, de qualquer forma, não importa. Porque quem fizer já passará a se sentir melhor. Vamos pensar juntos.

Quando estiver se sentindo mal, faça o bem

Se formos parar para pensar, existem muitas razões pelas quais podemos não nos sentir tão bem. Podemos ter problemas de vários tipos, desde os leves e indiferentes até as grandes tragédias da vida. Então, ninguém está imune a sentir sofrimento, a ficar triste, a se sentir mal.

Negar não adianta. Compreender e aceitar o próprio sofrimento já é um primeiro passo. Buscar ajuda (formal ou informal) pode ser o segundo passo. E depois?

Bem, depois temos que encontrar o nosso lugar no mundo. Como vimos na opinião de Jung, é importante encontrar um trabalho. Muitas pessoas pensam no trabalho como escravidão, tortura (a palavra trabalho vem de um instrumento de tortura) ou então como um mal necessário para pagar as contas.

Em minha opinião, seria muito salutar passar a entender o trabalho como uma boa ação que fazemos para as outras pessoas. E não estou falando aqui de ações que são facilmente visíveis como ações de ajuda. Por exemplo, de uma enfermeira que com todo carinho e cuidado cuida de uma machucado. Estou dizendo de todo e qualquer trabalho, toda e qualquer criação de um serviço ou produto que seja benéfico (esteja dentro da lei).

No final das contas, estamos todos interconectados. Todos dependem de todos. Centenas de milhares de pessoas tem que trabalhar na empresa de energia para que tenhamos luz. Assim como na agricultura, nas indústrias, nos diversos serviços que precisamos: o padeiro, o motorista do ônibus, do avião, o porteiro, o carteiro, enfim, toda profissão representa uma ajuda. Uma ajuda que recebemos e uma ajuda que podemos dar à construção da sociedade em que vivemos.

Não sei se vocês notaram, mas no trecho que citei do Jung ele diz que não podemos melhorar por um grande gesto. Isto significa que não podemos simplesmente fazer uma única ação e esperar uma melhora definitiva. É preciso trabalho regular.

Se você estiver se sentindo mal, e passar a seguir a dica do Trevor (o garotinho do filme) e passar a fazer uma boa ação, verá que você se sentirá melhor. Mas também perceberá que não custa nada continuar fazendo com frequência, já que uma boa ação é benéfica para os dois lados – o que a PNL chama de relação ganha-ganha.

Ora, se é assim porque, em vez de 3 pessoas, não fazer com mais frequência e regularidade? Não precisa – de novo – ser um grande gesto. Pode ser colocar um copo de água para um cachorro de rua, dar um prato de comida para uma pessoa, ajudar uma velhinha a atravessar a rua ou simplesmente ouvir uma pessoa que não tem ninguém para lhe ouvir… enfim, observando o mundo e as pessoas veremos suas necessidades…

Tenho gostado de política. Tenho entendido que se pode fazer muito pela política. Mas não devemos esperar dos políticos. Infelizmente, no modo como o governo está estruturado em nosso país, os políticos recebem o nosso voto (de confiança) e nos representam. Porém, nem sempre eles nos representam… Portanto, a melhor política que devemos fazer é agir eticamente e procurar ajudar, pelo menos um pouquinho, quem precisa. Como dizia Gandhi, “devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.