A ambivalência emocional faz parte de nós, não podemos evitar sentir amor e ódio, embora isso nos provoque mal-estar.

24/09/2020 14:50

 

Quando temos sentimentos de amor e ódio podemos começar a nos considerar ambivalentes emocionais. Isso não significa que primeiro sintamos ódio e depois amor, ou vice-versa.

A ambivalência emocional se caracteriza porque essas duas emoções, o amor e o ódio, não se substituem, mas podem conviver juntas sem se descolar uma da outra.

É possível considerar a ambivalência um transtorno psicológico? Em muitas ocasiões, esta ambivalência se apresenta em pessoas que sofrem algum transtorno mental. Por exemplo, as pessoas com depressão, esquizofrenia, psicose ou neurose podem demonstrar um comportamento ambivalente.

Mas a situação mais comum em que se produz esta ambivalência é quando sentimos ciúme. Nela, amamos a pessoa que está ao nosso lado, mas ao mesmo tempo a odiamos por se relacionar com outras pessoas ou ser atraente para outros.

O ciúme é uma das causas naturais que provocam que o amor e o ódio sejam um único sentimento.

E o que dizer quando estamos em uma relação de casal? A ambivalência pode nos confundir e fazer com que a relação não seja tão saudável quanto gostaríamos.

Na pele do ambivalente

  • O ambivalente sente atração e repulsa por uma pessoa.
  • O ambivalente ama uma pessoa, mas odeia certas atitudes que ela tem.
  • O ambivalente pode querer falar e não falar ao mesmo tempo.
  • O ambivalente pode querer agir e, ao mesmo tempo, permanecer passivo.

Todos esses sentimentos contraditórios que a pessoa ambivalente sofre provocam uma coisa que detestamos: ficamos paralisados sem saber qual é o caminho que devemos escolher.

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Consequências de ser ambivalentes emocionais

Quando o ambivalente se encontra entre dois polos opostos que confluem em um só, as emoções o paralisam  causando confusão.

A ambiguidade é uma das características das pessoas ambivalentes, que veem sua autoestima ferida por causa de sua incapacidade de decidir entre dois sentimentos que se opõem.

A própria pessoa se sente estranha às suas próprias emoções. Não sabe como agir e como deixar de sentir duas emoções que nunca deveriam confluir em uma só.

Essa situação de desconcerto faz com que sua autoestima fique muito baixa, pois a pessoa não consegue manter um equilíbrio emocional saudável.

O ambivalente começa a desconfiar de si mesmo, sem saber o que sente ou deixa de sentir. Isso dá lugar, em ocasiões, à ansiedade e à solidão, que podem desembocar em uma profunda depressão.

“Que triste era amar e odiar ao mesmo tempo!”

– León Tolstói –

E você… é ambivalente?

FONTE: A MENTE É MARAVILHOSA